Ritmo Frenético Moderno (Marketing com Consciência)

Sei que não devemos falar por todos, mas grande parte da sociedade está em um ritmo difícil de se acompanhar, sem tempo, sem paciência, em constante e frequente mudança, se adaptando a algoritmos cada vez mais pontuais e preparada para adequar as suas ideias à N formas oferecidas pelas inúmeras redes sociais disponíveis atualmente, cada uma com sua proposta. Cansou só de ler, não é mesmo?

Quando iniciei minha carreira profissional na área de Marketing, em 2012 como estagiário, o meu foco era em pesquisa paga e no gerenciamento das redes sociais, especificamente o Orkut que ainda permanecia em alta, enquanto o Facebook estava em fase de crescimento, mas não demorou muito para este cenário apresentar mudanças, logo o Facebook caiu no gosto popular e se tornou o fenômeno que conhecemos hoje.

O termo “metamorfose ambulante” nunca fez tanto sentido, principalmente no meio digital, o que antes era uma proposta de “compartilhar momentos e experiências com sua rede de amigos” foi ficando cada vez mais robusta.

Tivemos a saída do Orkut, a ascensão do Facebook, a chegada do Instagram, inicialmente focada em fotografias que também caiu no gosto do público, tempos depois, Snapchat com os famosos filtros e os stories (que conhecemos hoje pelo Instagram) e a última que revolucionou a forma de assistir vídeos, moldando novos costumes e fazendo diversas redes se adaptarem a eles, o TikTok.

Isso sem citar as dezenas Redes Sociais ainda ativas e que foram desativadas nesse período. Importante ressaltar, que o Orkut anunciou o retorno e ainda não sabemos qual será exatamente a proposta.

Quero destacar aqui, que enquanto todas essas mudanças acontecem, existem pessoas envolvidas, tanto nós, os especialistas que seguimos atentos a essas mudanças, se adaptando e estudando as melhores formas para agregar em suas estratégias, quanto os empreendedores, criadores de conteúdo e quem de fato irá receber a mensagem que desejamos transmitir.

Vejo muita gente tendo crises de ansiedade, de estresse, por serem impactadas pela “não entrega do algoritmo”, que muitas vezes a faz recorrer a receita instantânea, as famosas “trends”, na esperança de recuperar o seu alcance, atingir o seu público e realizar a tão sonhada conversão ou então, iniciar o constante estudo desesperado das novas regras, para adaptar o seu conteúdo a esses novos formatos.

Ao menos, até o fim da vida útil desta rede social (nenhuma específica, todas estão suscetíveis a isso).

Percebe que está tudo muito acelerado? E ao mesmo tempo que está rápido, está ficando algo sem constância e cada vez mais o moldando para anular sua identidade e conteúdos realmente autorais? Cadê a sua mensagem? Cadê você? Será que o público que você deseja atingir, vai entender a forma que você está passando o conteúdo? Quem é o seu público? Como ele gostaria de ver o seu serviço, ideia ou produto ser apresentado? Não esqueça, por trás de tudo isso, há seres humanos.

Por isso, o Marketing que eu acredito, é o de base, com empatia e sempre levando em consideração as pessoas, e continuarei exercendo até me provarem ao contrário, algo que está cada vez mais distante, afinal, nunca se falou tanto também de “Marketing de Conteúdo”, já que o que estava sendo criado era cada vez mais escasso devido a esse ritmo frenético que entramos.

Atualizações, novas regras, novas redes, diversas possibilidades, chances de viralizar, sempre irão existir, resta saber se você irá se moldar, moldar o seu negócio e o seu conteúdo a algo descartável ou fazer algo sólido, que seja adaptável a qualquer rede ou formato, atemporal e realmente útil ao seu futuro cliente.

Texto por Elisson Thiago